quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

PERFIDIA IBRAHIM FERRER


Laura Fygi - Quiet Nights Of Quiet Stars (Corcovado)


Bossa Nova by Luiz Bonfá: Menina Flor - Batucada - A Day in the Life of a Fool



Fotografia - Babara Casini/Phil Woods/Stefano Bollani(Tom Jobim)




This is the tribute to the great Tom Jobim of one of the best italian and european singer of MPB:Barbara Casini with Phil Woods(sax) and Stefano Bollani(piano).

Nana Vasconcelos, Jack Dejohnette - Preludio Pra Nana




Corinne Bailey Rae - "Like A Star"



dica da @tfsalomon no Twitter

Acabou Chorare, o grande lance dos Novos Baianos






Lauro Lisboa Garcia -



No início da década de 1970, a barra estava pesada pra todo mundo que não alinhasse com a ditadura militar, que prendia e arrebentava. Com os Novos Baianos não foi diferente. Ter cabelos longos bastava para ser preso. E alguns deles tiveram as cabeças raspadas na passagem pela Prisão da Misericórdia, em Salvador. Era o fim dos dias de paraíso em Arembepe, que ainda era uma "aldeia" baiana. Eles pensaram em deixar o País, como tantos outros que fugiam da repressão.
Mas, para sorte da canção brasileira, o desembarque dos bichos depois do dilúvio se deu no Rio de Janeiro, onde eles criaram um dos discos mais potentes de todos os tempos, Acabou Chorare, de 1972. Em qualquer enquete com especialistas, esse álbum - que chega às bancas no próximo domingo dentro da Coleção Grande Discoteca Brasileira do Estadão - figura seguramente no top 5.
Não é surpresa que ele tenha ficado no topo da lista da revista Rolling Stone em 2007, numa grande votação para escolher os 100 melhores discos da música brasileira de 2007, batendo Tropicália e Chega de Saudade (João Gilberto). Com o dengo de Moraes Moreira, a faixa-título Acabou Chorare é uma bossa totalmente influenciada por João, que frequentava o apartamento dos Novos Baianos em Botafogo.
Moraes, Baby Consuelo, Galvão, Paulinho Boca de Cantor, Pepeu Gomes e toda a trupe, que incluía ainda Dadi, Jorginho, Baixinho e Bolacha, assimilaram as lições do mestre baiano e seus seguidores (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil) e foram adiante.
Representantes mais expressivos da segunda geração tropicalista, eles colocaram o samba de volta no centro da roda com guitarra de rock, viagens instrumentais e choro turbinado. Como Tropicália, até hoje reverberam suas influências na linguagem moderna do samba com pegada roqueira. Canção emblemática do disco, Preta Pretinha, segundo conta Galvão na biografia Anos 70 - Novos e Baianos, está registrada no Museu da Imagem e do Som como uma das dez músicas mais populares do Brasil.
Hoje esquecido pelos conterrâneos, o baiano Assis Valente é o que dá pontapé inicial à vitoriosa investida do grupo, com o clássico Brasil Pandeiro, que se escancarou para uma geração.
Baby alucina no baião-rock Tinindo Trincando e em A Menina Dança, Pepeu esmerilha (uma expressão da época) a guitarra em Bilhete pra Didi, Paulinho vai fundo em Swing de Campo Grande e Mistério do Planeta e por aí vai. E quem resiste ao suingue de Besta é Tu? Pode comprovar: 38 anos depois, o disco inteiro soa novíssimo. Brilhante. 
Fonte: O Estado de S.Paulo



Arnaldo Antunes (Ao Vivo no Estudio) - Acabou Chorare


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

CLARA NUNES-AMIGOS-DONA IVONE LARA



D.Ivone Lara participou da vida de Clara Nunes a qual nutria grande amizade.
Canta um dos seus maiores sucessos como compositora:"ACREDITAR",que se tornou imortal na voz de ROBERTO RIBEIRO.
Yvonne Lara da Costa, mais conhecida como Dona Ivone Lara, (Rio de Janeiro, 13 de abril de 1922) é uma cantora e compositora brasileira.
Formada em Enfermagem, com especialização em Terapia Ocupacional, foi assistente social até se aposentar em 1977. Nesta função trabalhou em hospitais psiquátricos, onde conheceu a dra. Nise da Silveira.
Com a morte da mãe aos três anos de idade, e do pai aos doze, foi criada pelos tios e com eles aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba, ao lado do primo Mestre Fuleiro; teve aulas de canto com Lucília Villa-Lobos e recebeu elogios do marido desta, o maestro Villa-Lobos.
Casou-se aos 25 anos de idade com Oscar Costa, filho de Afredo Costa, presidente da escola de samba Prazer da Serrinha, onde conheceu alguns compositores que viriam a ser seus parceiros em algumas composições, como Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira.
Compôs o samba "Nasci para sofrer", que se tornou o hino da escola. Com a fundação do Império Serrano, em 1947, passou a desfilar na ala das baianas. Compôs o samba "Não me perguntes", mas a consagração veio em 1965, com Os cinco bailes da história do Rio quando tornou-se a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores de escola de samba.
Aposentada em 1977, passou a dedicar-se exclusivamente à carreira artística. Entre os intérpretes que gravaram suas composições destacam-se: Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paula Toller, Paulinho da Viola , Beth Carvalho, Mariene de Castro e Roberta Sá e Dorina .

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Celso Fonseca - Ela só pensa em beijar



dica boa do @Mr_Machado no Twitter

Chopin - Valentina Igoshina - Fantasie Impromptu


Vivaldi - Four Seasons (Winter)


Rubinstein- Chopin Polonaise Op.53


Mart'Nália - De Amor e Paz Composição de Luis Carlos Parana e Adauto Santos



Resposta ao Tempo - Nana Caymmi


João Valentão - Nana Caymmi - DVD Brasileirinho Maria Bethânia


A Quoi Ça Sert L'amour - Pra que serve o Amor - Legendado



sábado, 23 de outubro de 2010

Chega às bancas o disco antológico que Chico lançou em 1979, com faixas como 'O Que Será' e 'Meu Caro Amigo'



Editora Bloch/Arquivo Fotográfico

Na metade dos anos 1970, Chico Buarque e Francis Hime estavam reunidos para compor. O pianista tocava uma valsa que havia feito recentemente na esperança do primeiro encaixar uma letra. Francis repetia a música por diversas vezes e Chico, com seu reconhecido perfeccionismo no trato com as palavras, não conseguia avançar. Encasquetado, perguntou ao parceiro se não tinha algum choro para ajudar a espairecer. Por sorte, o amigo tinha vários. Desfilou todos ao piano e, ao final, o que mais impressionou Chico havia sido justamente o primeiro. A partir dali, a valsa foi definitivamente deixada de lado e ele começou a trabalhar em cima da letra daquele novo tema instrumental.

O tal Choro nº1, como era chamado até então, acabaria ganhando versos antológicos de Chico, sendo rebatizado de Meu Caro Amigo. Letrada, a música foi lançada em 1976, inspirando até o nome do álbum Meus Caros Amigos, que chega amanhã às bancas como segundo volume da Grande Discoteca Brasileira Estadão.

O disco, um estouro de vendas na época - 500 mil cópias -, além de histórico na carreira de Chico, divulgou de vez a parceria com Francis. Eles, que já tinham dado provas do poder de seu trabalho em dupla com Atrás da Porta, gravada por Elis Regina.

A atuação de Francis no álbum não foi decisiva apenas no processo de composição com o parceiro. O pianista também assinou o arranjo de sete das dez faixas do disco: O Que Será (À Flor da Pele), Olhos nos Olhos, Vai Trabalhar, Vagabundo, A Noiva da Cidade, Passaredo, Basta um Dia e, obviamente, Meu Caro Amigo. As outras foram arranjadas por Perinho Albuquerque (Você Vai me Seguir e Corrente) e Luiz Cláudio Ramos (Mulheres de Atenas), com mudanças claramente perceptíveis feitas pelos dois violonistas em relação às concebidas pelo pianista Francis.

"Eu fazia os arranjos a partir das ideias que o Chico me passava, prestando muita atenção nas harmonias dele. Procurava não modificar nada, atuando mais como arranjador mesmo. Sem falar que o disco buscava uma produção mais arrojada, com o Sérgio Carvalho. O Chico era bastante exigente. Além disso, gravar com todas aquelas feras ficava fácil, era todo mundo lendo as partituras que eu escrevia. Eu planejava todas as orquestrações antes, fazia as vozes de todos os instrumentos no piano. A orquestra ficava mais integrada com as bases", diz Francis.

Os craques a que ele se refere, só para ter uma ideia do time que gravou Meu Caro Amigo, eram Altamiro Carrilho (flauta), Dino 7 Cordas (violão sete cordas), Abel Ferreira (clarinete), Alceu Maia (cavaquinho), Joel Nascimento (bandolim) e Edmundo Maciel (trombone). A nata dos músicos de choro do País na época.

Além disso, o disco pôde contar com um bom naipe de sopros e cordas, cedidos pela orquestra da própria gravadora, a Philips, e Meus Caros Amigos precisou de menos de três meses, tempo em que foi gravado e mixado, para perdurar até hoje. "É um disco muito importante. Na época, foi um acontecimento. Além das inéditas feitas só pelo Chico, fez também com que nossa parceria fosse mais divulgada a partir dali", conta Francis.
fonte:Lucas Nobile - O Estado de S. Paulo



Chico Buarque - O Que Será (À Flor da Pele)



Trechos extraídos de "Chico - Ou O País Da Delicadeza Perdida", documentário que Chico Buarque estrelou para a televisão francesa em 1990.
Produzido em 1990 e lançado em DVD em 2003 pela BMG.
Este trecho possui um comentário do Chico Buarque sobre A Teoria do Homem Cordial formulada pelo sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, pai de Chico Buarque.

Produção Videofilmes

Direção - Walter Salles, Nelson Motta

Narração Paulo José

O que será (À flor da pele)

Composição - Chico Buarque

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo



fonte: YuoTube

sábado, 2 de outubro de 2010

sábado, 28 de agosto de 2010

Paulinho da Viola - Talismã



QUEM HÁ DE DIZER - EDUARDO CANTO no SHOW LUPICINIO RODRIGUES





Quem há de dizer
(Composição: Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalvesl)


Quem há de dizer
que quem você esta vendo
Naquela mesa bebendo
É o meu querido amor
Repare bem que toda vez
que ela fala
ilumina mais a sala
Do que a luz do refletor
O cabaré se inflama
Quando ela dança
E com a mesma esperança
Todos lhe põe o olhar
E eu, o dono,
Aqui no meu abandono
Espero louco se sono
O cabaré terminar

Rapaz!Leva esta mulher contigo
Disse uma vez um amigo
Quando nos viu conversar
Vocês se amam
E o amor deve ser sagrado
O resto deixa de lado
Va construir o teu lar
Palavra!Quase aceitei o conselho
O mundo, o este grande espelho
Que me faz pensar assim
Ela nasceu com o destino da lua
Pra todos que andam na rua
Não vai viver só pra mim

Caetano interpreta Lupicínio Rodrigues



Milton Nascimento - Tudo o que você podia ser



CHICO BUARQUE & MILTON NASCIMENTO - O QUE SERÁ (1976)



Chico Buarque - Construção



Symphony No. 10: Adagio Gustav Mahler (1860-1911)



Conducted by Leonard Bernstein

Vienna Philharmonic





Symphony No. 10: Adagio
Gustav Mahler (1860-1911)

Conducted by Leonard Bernstein

Vienna Philharmonic



Symphony No. 10: Adagio
Gustav Mahler (1860-1911)

Conducted by Leonard Bernstein

Vienna Philharmonic

domingo, 15 de agosto de 2010

Morre aos 80 anos Abbey Lincoln, a última grande dama do jazz



Cantora americana era ocnhecida por seu ativismo político e compromisso com as minorias


Efe

WASHINGTON - A cantora e compositora de jazz americana Abbey Lincoln, conhecida por seu ativismo político e seu compromisso com as minorias, morreu no sábado, 13, em Nova York, aos 80 anos, informaram fontes da família à imprensa local.

Segundo o jornal The New York Times, o irmão da artista, David Wooldridge, confirmou que a cantora faleceu. As causas de sua morte não foram reveladas, embora Lincoln Abbey tivesse a saúde delicada desde que foi operada do coração em 2007.

A cantora foi um personagem polêmico por seu compromisso com os direitos humanos e raciais nos anos 60 nos Estados Unidos. Nessa época teve sucesso também no cinema e depois se aposentou até que reapareceu com força na década de 1990 como cantora, compositora e líder espiritual.

Abbey contracenou com Ivan Dixon em 1964 no drama racial "Nothing But a Man" e com Sydney Poitier em "Um Homem para Ivy" (1968). Sua música foi derivando desde os experimentos mais estridentes e rupturistas do africanismo militante rumo a um repertório predominantemente de baladas, com uma doce suavidade inspirada em Billie Holiday.

Entre seus últimos discos estão "The World Is Falling Down" (1990), "Devil's Got Your Tongue" (1993), "A Turtle's Dream" (1995) e "Who Used to Dance" (1996).

A cantora nasceu Anna Marie Wooldridge em Chicago no dia 6 de agosto de 1930 e cresceu na área rural de Michigan como a décima filha de uma família de 12 crianças. Chamada pela música desde jovem, se mudou para Los Angeles aos 19 anos, onde começou sua carreira. Seu último disco, "Abbey Sings Abbey", foi gravado em 2007 aos 77 anos.



terça-feira, 3 de agosto de 2010

Esperanza Spalding - Ponta de Areia


A Tuba do Pindzim apresenta a cantora e baixista americana Esperanza Spalding interpretando PONTA DE AREIA, de Milton Nascimento, com participação de Chico Pinheiro, em show no Tim Festival 2008. Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2008.



ESPERANZA SPALDING - "Overjoyed"



SAMBA DA MINHA TERRA - FERNANDO GIRÃO


Video Clip Oficial extraído do Duplo Cd BRAZIL A TRIBUTE de Fernando Girão
Mais informações em: NUMERICA (http://www.numerica-multimedia.pt) ehttp://www.myspace.com/brazilatribute

Fernando Girão - Na Baixa do sapateiro - Video Clip Oficial

WITHOUT YOU - AYO


Without You Ayo Live France concert


Sadness covers my eyes but there's still soma room to see the truth behind the lies
Now I'm hold enough to realize who there for me all my life
Nobody was there for you but for everybody who needed you
Nobody was on your side except of us and a drug addicted wife
It wasn't easy but you always fought for your family
You sacrificed your life for your kids and for your wife

Where would I be today without you being there for ma all my life
What would I do today without you taking care of me all the time
Where would I be today without you being there for me all my life
What would I do today whitout you taking care of me all the time

Sadness covers my soul while I\"m singing the song for you to let you know that everything you did I
appreciate and I know without you I wouldn't be here today
You where always there for me you are my best friend daddy I know I was unfair sometimes now whit this song I apologize

Where would I be today without you being there for ma all my life
What would I do today without you taking care of me all the time
Where would I be today without you being there for me all my life
What would I do today whitout you taking care of me all the time

I would be lost wouldn't do anything would go to the wrong way I wouldn't even sing
I would be down would be depressed just hanging around whitout prospects
I would be lost wouldn't do anything would go to the wrong way I wouldn't even sing
I would be down would be depressed just hanging around whitout prospects

Erykah Badu feat. Common - Love Of My Life

Heaven Must Have Sent You - D'angelo & Erykah Badu

On and on - Erykah Badu (Acapella)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Chico Buarque - Cala a Boca, Bárbara

Gal Costa e Joyce - Mistérios

Joyce


2005 - DVD - Banda Maluca Ao Vivo

Retrato em Branco e Preto - Fernando Girão

Ronco da Cuíca - Fernando Girão

Never Can Say Goodbye - Isaac Hayes

Ayo - How Many Times

Erykah Badu - On & On

terça-feira, 13 de julho de 2010

Morre Paulo Moura



RIO - Morreu no fim da noite desta segunda-feira o saxofonista e trompetista Paulo Moura, de 77 anos. O músico estava internado na Clínica São Vicente, no Rio, desde o dia 4 de julho com um linfona (câncer do sistema linfático). Compositor e arranjador de choro, samba e jazz, Paulo Moura é um dos maiores nomes da música instrumental brasileira, tendo tocado com Ary Barroso, Dalva de Oliveira, Elis Regina, Milton Nascimento e Sérgio Mendes.

Para Paulo Moura não existiam fronteiras. Com seus clarinete e saxofone, o músico - nascido em 17 de fevereiro de 1933, São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e radicado no Rio desde o fim da adolescência - passeou com talento por muitos gêneros e formações. Tocou tanto em orquestras sinfônicas quanto de gafieira ou grupos de regional, rodando o Brasil e o mundo com sua arte.

De uma família de músicos, ainda em sua cidade natal, incentivado pelo pai, Pedro Moura, carpinteiro de profissão e clarinetista nas festas e nos fins de semana, Moura começou a estudar piano aos 9 anos, passando quatro anos depois para o clarinete. Ele tinha 17 anos quando a família se mudou para o Rio, radicando-se na Tijuca. Paulo Moura ingressou na Escola Nacional de Música estudando teoria, harmonia, contraponto, fuga e composição, enquanto, por pedido do pai, também aprendeu o ofício de alfaiate. A música falou mais alto e, em meio aos estudos - incluindo mestres como Guerra Peixe, Moacir Santos, Paulo Silva e Maestro Cipó -, começou a atuar em bailes e gafieiras. Junto a amigos da Tijuca como João Donato, Bebeto Castilho, Pedro Paulo, Everardo Magalhães Castro também formou um grupo de jazz influenciado pelo som da West Coast dos Estados Unidos.

Ainda nos anos 1950, começou a viajar o mundo, participando do grupo de Ary Barroso e de Zacarias e sua Orquestra. Nos estúdios, estreou num disco da cantora Dalva de Oliveira. E, em 1957, fez seu primeiro trabalho solo, "Paulo Moura e sua Orquestra para Bailes". Ainda este ano, fez uma gravação de "Moto perpétuo", de Paganini, que virou um clássico instantâneo. Dois anos depois, gravou "Paulo Moura interpreta Radamés", com alguns temas escritos por Radamés Gnatalli especialmente para esse disco.

Sempre trafegando entre a música clássica, o jazz e a música popular, o clarinetista e saxofonista também foi um assíduo frequentador do Beco das Garrafas, o reduto em Copacabana que concentrava os principais bares e clubes noturnos da bossa nova e do samba-jazz, no início dos anos 1960. Como instrumentista e arranjador, trabalhou com artistas como Elis Regina, Milton Nascimento e Sérgio Mendes (com este, no grupo Bossa Rio, participou em 1964 do clássico álbum "Você ainda não ouviu nada", um marco do instrumental brasileiro). A partir de fim dos anos 1960, liderou seus próprios grupos, gravando discos como "Fibra", "Mistura e manda", "Confusão urbana, suburbana e rural", que também fizeram escola no instrumental brasileiro, fundindo elementos do jazz com o choro e o samba.

Incansável, apaixonado pela música, nos anos 1980 dirigiu por dois anos o Museu de Imagem e do Som (MIS), no Rio.

As duas últimas décadas foram de muito trabalho, excursionando pelo mundo e gravando discos como, entre outros, "Dois irmãos" (em 1992, ao lado do violonista Raphael Rabello), "Instrumental no CCBB" (em 1993, com o saxofonista e flautista Nivaldo Ornelas), "Brasil musical" (em 1996, com o pianista Wagner Tiso), "Pixinguinha: Paulo Moura & Os Batutas" (de 1998), "Mood ingênuo" (em 1999, com o pianista americano Cliff Korman), "Paulo Moura visita Gershwin & Jobim" (em 2000), "El negro del blanco" (em 2004, com o violonista Yamandú Costa), "Dois panos para Manga" (em 2006, belo reencontro musical com um amigo de juventude, o pianista João Donato) e "AfroBossaNova" (em 2009, em dupla com o guitarrista e bandolinista Armandinho Macedo).

Em junho de 2006, durante as entrevistas de lançamento do disco com Donato, Paulo Moura sintetizou numa frase um dos segredos para o estilo de ambos:

- Nós começamos a tocar profissionalmente em gafieiras. E essa ligação com a dança nunca acaba mais. Art Blakey dizia que, quando a música é boa, as pessoas acompanham com os pés.

Em outra entrevista ao GLOBO, em 1999, para o músico Mario Adnet, Paulo Moura explicou como via a relação entre o jazz e o choro:

- Uma coisa que, hoje, não tenho mais nenhum pudor em apresentar é a aproximação do choro com o jazz, que na verdade existe desde os anos 40 e tem em K-Ximbinho seu maior expoente. As orquestras do Zacharias e do Fonfon, que foram dos nossos maiores bandleaders e que pouca gente ouviu falar, também faziam essa mistura. Tenho certeza de que tudo isso ainda virá à tona novamente para que se revele aos estudiosos da música brasileira a existência de uma tradição e uma continuidade, apesar da interferência de mercado, nesse choro orquestral que tem muito a ver com os recursos de improvisação emprestados do jazz. Esse gênero foi muito executado no tempo dos cassinos e dos dancings que possuíam as melhores orquestras da época. Tudo isso entrou em decadência com a mudança de capital para Brasília. Grande parte dos políticos da área federal que moravam no Rio era freqüentadora assídua desses lugares, principalmente dos dancings, que além das taxi-girls tinham os melhores músicos.

Paulo Moura era casado com a psicalinista Halina Grynberg, também sua empresária e produtora musical.
Fonte: O GLOBO

Paulo Moura and Raphael Rabello - Luiza 1990

domingo, 13 de junho de 2010

THE ART OF AMÁLIA


Caetano Veloso sings "Estranha Forma de Vida" written by Amália Rodrigues at Lisbon's Coliseu in 1985. Amália appears on stage to greet him. An excerpt from the film THE ART OF AMÁLIA by Bruno de Almeida. 1999

Carlos Careqa - MEU QUERIDO SANTO ANTÔNIO


Sesc Vila Mariana em 04/09/09; Composição de Carlos Careqa; Participações de Mário Manga e Guello

NINA SIMONE- "DON'T LET ME BE MISUNDERSTOOD" (1964)